A vacinação infantil é a melhor maneira de proteger bebês e crianças de uma série de doenças graves (e até fatais) que podem ser contraídas durante a vida. As vacinas são criadas a partir dos próprios agentes agressores causadores de enfermidades — mas em uma forma atenuada ou inativa, para ensinar nosso sistema imunológico a reconhecer esses invasores, possibilitando a criação de anticorpos para combater vírus e bactérias.
No entanto, muitas dúvidas pairam no ar quando o tema é vacinação infantil. Por isso, a seguir, responderemos alguns dos questionamentos mais comuns para que você possa entender tudo sobre esse tema. Confira:
Qual a importância da vacinação infantil?
Quando nascemos, nosso organismo possui poucas, ou quase nenhuma, defesa contra agentes agressores externos. A vacinação é extremamente importante para estimular e desenvolver a produção de anticorpos, mecanismos de defesa do corpo humano contra doenças.
Quais são as primeiras vacinas?
Ainda na maternidade os bebês recebem as duas primeiras vacinas da vida. A BCG, que imuniza contra tuberculose, e a vacina contra Hepatite B.
De quais formas as vacinas podem ser ministradas?
A maioria das vacinas existentes são injetáveis. A vacina BGC, por exemplo, é aplicada via intradérmica, na face anterior do antebraço, enquanto a da Hepatite B é dada no músculo da coxa do bebê.
Somente a vacina contra a poliomielite, causadora da paralisia infantil, é ministrada via oral, por isso o motivo da campanha do famoso Zé Gotinha.
O que é o calendário vacinal?
É cronograma sequencial de vacinas que deve ser respeitado quanto aos prazos, sua sazonalidade, número de doses, intervalos e a aplicação simultânea de vacinas para que a criança possa desenvolver anticorpos de maneira adequada e no momento apropriado.
Quais vacinas são obrigatórias para as crianças?
Após as vacinas recebidas na maternidade, aos dois meses de vida a criança deve receber a dose da tetravalente, que imuniza contra difteria, coqueluche e tétano. Além dela, a criança deverá tomar a vacina contra a bactéria Haemophilus Influenzae, causadores de doenças graves e fatais, como meningite e pneumonia.
No mesmo dia, também podem ser ministradas as gotinhas da Sabin, contra a poliomielite, uma vez que não há nenhuma restrição para tomar vacinas em conjunto.
Somente uma dose é necessária?
A imunização completa da tetravalente e contra a pólio não se dá com uma única dose. Em ambos os casos, são necessárias duas doses ainda no primeiro ano de vida, além de outras aos quatro e aos seis meses de vida. Além disso, reforços contra essas doenças ainda devem ser tomados com um ano e meio e, finalmente, aos cinco ou seis anos de idade.
No caso da bactéria Haemophilus, o Programa Nacional de Imunização prevê a aplicação de três doses: aos dois meses, aos quatro e aos seis.
Existem outras vacinas no calendário oficial?
Também faz parte do calendário oficial a vacina combinada contra sarampo, caxumba e rubéola, doenças que anos atrás eram responsáveis por grande número de óbitos infantis. A primeira dose deve ser tomada com um ano e a segunda por volta dos cinco anos.
Em alguns lugares do território nacional também é recomendada a imunização contra febre amarela a partir dos nove meses de idade.
Existem vacinas obrigatórias fora deste calendário?
Embora bastante recomendadas, a vacinação contra catapora e contra gripe não estão incluídas no calendário nacional. A primeira por se tratar de uma doença considerada benigna, mas que pode trazer complicações graves e a da gripe por ser um doença eventual.
Contudo, nos últimos anos a vacinação contra gripe ganhou maior atenção e é recomendada para crianças a partir dos seis meses.
O Programa Nacional de Imunização é realmente bom?
Sim, o programa brasileiro de vacinação infantil é um dos mais completos do mundo, com índices superiores a 90% de crianças imunizadas em todo país. Porém, por questões geográficas e falta de recursos financeiros, nem sempre é possível distribuir as vacinas gratuitamente toda a população infantil.
Quais os efeitos colaterais e reações decorrentes das vacinas?
Os efeitos colaterais mais comuns são febre, inchaço e dor no local da aplicação, mal-estar e irritabilidade.
Vacinas podem causar problemas de saúde?
Reações como urticárias e choques anafilático em decorrência de alguma tipo específico de alergia podem ocorrer e as doses seguintes devem ser suspensas.
Problemas mais graves, como complicações neurológicas, são ainda mais raros e ocorrem uma vez para cada 200 mil doses aplicadas.
Quando meu filho não pode ser vacinado?
São bem poucas as restrições que impedem a vacinação infantil. Somente em casos de febres muito altas — acima de 39 C — e de doenças que alterem a resistência imunológica a vacinação deve ser adiada.
Há diferença entre a vacina dos postos de saúde e das clínicas particulares?
Nenhuma! Clínicas médicas e postos de saúde são rigorosamente fiscalizados pela Vigilância Sanitária, principalmente em fatores relacionados ao armazenamento dos medicamentos e o manuseio das vacinas.
Porém, em alguns casos, pode não haver disponibilidade de vacinas na rede pública, somente na particular. Converse com seu médico para ele indicar o melhor local.
O que fazer em caso de atraso?
Não há problema se o atraso não for muito grande. Também não é preciso reiniciar o calendário. Basta tomar a dose faltante.
Posso adiantar a dose?
Existe um período específico para que as doses ativem os mecanismos de defesa e nosso organismo passe a produzir anticorpos. Esse intervalo precisa ser respeito e adiantar doses não trará nenhum benefício, somente se esse adiantamento for questão de dois ou três dias.
Qual o melhor período para ser vacinado?
Não há nenhuma contraindicação referente aos horários de vacinação. É uma questão de disponibilidade. Mas recomenda-se a vacinação infantil pela manhã, para que caso ocorra algum efeito colateral ou reação adversa seja possível detectar o problema ao longo do dia.
A vacinação infantil é coisa séria! Procure respeitar o cronograma das vacinas e não atrasar as doses. A carteira de vacinação vale em todo território nacional, mas sempre procure por serviços e locais credenciados e capacitados para aplicação. E não hesite em procurar seu médico em caso de alguma reação adversa.
Ainda tem alguma dúvida sobre vacinação infantil? Deixe seu comentário abaixo para que possamos te ajudar!
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